• O que fazer em caso de picada Aranhas
Nos acidentes por aranhas e escorpiões, que provocam dor intensa, práticas como espremer ou sugar o local da picada, têm demonstrado ser de pouca eficácia.
O tratamento sintomático, à base de anestésicos e analgésicos, tem sido utilizado com resultados satisfatórios na maioria dos casos.
Se o acidentado for criança menor de 7 anos, o procedimento mais indicado é levá-la à Unidade Básica de Saúde (posto de saúde) mais próxima. Na cidade de São Paulo, o Hospital do Instituto Butantan está sempre aberto para atendimento às vítimas.
OBS.: Capturar o animal que causou o acidente e trazê-lo junto com a pessoa picada facilita o diagnóstico e o tratamento correto.
O Hospital Vital Brazil, que funciona no Instituto Butantan (São Paulo-SP), permanece aberto dia e noite. O tratamento é gratuito para qualquer pessoa picada por animal peçonhento.
O Instituto Butantan orienta sobre a captura de aranhas e escorpiões. O transporte por via férrea é gratuito, existindo um sistema de permuta de animais enviados por ampolas de soro antipeçonhento.
Como capturar aranhas Como capturar escorpiões
O soro é feito a partir do veneno que é extraído dos animais vivos que são enviados ao Instituto.
Como tratar
O único tratamento necessário costuma ser aplicação local de anestésico (4 ml de Lidocaína a 2% sem adrenalina, até 3 vezes, com intervalo de 1 hora). Nos casos graves também deve ser usado o soro ANTIESCORPIÔNICO ou ANTIARACNÍDICO, conforme instruções da bula.
Controle e Prevenção
As seguintes medidas são eficazes para o controle e prevenção de acidentes:
manter limpos quintais, jardins e terrenos baldios, não acumulando entulho e lixo doméstico;
aparar a grama dos jardins e recolher as folhas caídas;
vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou friso de borracha, colocar telas nas janelas, vedar ralos de pia, tanque e de chão com tela ou válvula apropriada; colocar o lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar o aparecimento de baratas, moscas e outros insetos, que são o alimento predileto de aranhas e escorpiões;
examinar roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-las;
andar sempre calçado e usar luvas de raspa de couro ao trabalhar com material de construção, lenha, etc.
INSETICIDAS:
Para evitar aranhas e escorpiões, o uso periódico de inseticidas não é a melhor solução. Além do alto custo, a aplicação desses produtos tem efeito apenas temporário e pode provocar intoxicações em seres humanos e animais domésticos. O ideal é coletar aranhas e escorpiões e remover o material acumulado onde estavam alojados, o que evitará a reinfestação
O tratamento sintomático, à base de anestésicos e analgésicos, tem sido utilizado com resultados satisfatórios na maioria dos casos.
Se o acidentado for criança menor de 7 anos, o procedimento mais indicado é levá-la à Unidade Básica de Saúde (posto de saúde) mais próxima. Na cidade de São Paulo, o Hospital do Instituto Butantan está sempre aberto para atendimento às vítimas.
OBS.: Capturar o animal que causou o acidente e trazê-lo junto com a pessoa picada facilita o diagnóstico e o tratamento correto.
O Hospital Vital Brazil, que funciona no Instituto Butantan (São Paulo-SP), permanece aberto dia e noite. O tratamento é gratuito para qualquer pessoa picada por animal peçonhento.
O Instituto Butantan orienta sobre a captura de aranhas e escorpiões. O transporte por via férrea é gratuito, existindo um sistema de permuta de animais enviados por ampolas de soro antipeçonhento.
Como capturar aranhas Como capturar escorpiões
O soro é feito a partir do veneno que é extraído dos animais vivos que são enviados ao Instituto.
Como tratar
O único tratamento necessário costuma ser aplicação local de anestésico (4 ml de Lidocaína a 2% sem adrenalina, até 3 vezes, com intervalo de 1 hora). Nos casos graves também deve ser usado o soro ANTIESCORPIÔNICO ou ANTIARACNÍDICO, conforme instruções da bula.
Controle e Prevenção
As seguintes medidas são eficazes para o controle e prevenção de acidentes:
manter limpos quintais, jardins e terrenos baldios, não acumulando entulho e lixo doméstico;
aparar a grama dos jardins e recolher as folhas caídas;
vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou friso de borracha, colocar telas nas janelas, vedar ralos de pia, tanque e de chão com tela ou válvula apropriada; colocar o lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar o aparecimento de baratas, moscas e outros insetos, que são o alimento predileto de aranhas e escorpiões;
examinar roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-las;
andar sempre calçado e usar luvas de raspa de couro ao trabalhar com material de construção, lenha, etc.
INSETICIDAS:
Para evitar aranhas e escorpiões, o uso periódico de inseticidas não é a melhor solução. Além do alto custo, a aplicação desses produtos tem efeito apenas temporário e pode provocar intoxicações em seres humanos e animais domésticos. O ideal é coletar aranhas e escorpiões e remover o material acumulado onde estavam alojados, o que evitará a reinfestação
TARANTULA

Mantendo caranguejeiras
Introdução
As aranhas caranguejeiras (ou tarântulas) conquistam cada vez mais o seu espaço como animal de estimação, onde é criada em praticamente todo o mundo.
Existem cerca de 280 espécies de caranguejeiras, terafosídeos, que compreendem as subfamílias dos avicularinídeos, iscnocolídeos, gramostolídeos e terafosíneos. As mais encontradas na natureza, particularmente na amazônia, são as Avicularias sp. e as Theraphosas leiblondi.
As caranguejeiras são animais considerados de fácil manutenção e muito resistentes.
Mesmo que proibido no Brasil, muitas pessoas matem esses animais como animal de estimação, sendo a maioria deles foram coletados da natureza ou contrabandeados, o que não ocorreria se a importação de animais nascidos em cativeiro fosse liberada.
O veneno na maioria das espécies não causa danos sérios aos humanos, mas existem exceções, por isso procure se informar bem sobre os hábitos de seu animal antes de adquiri-lo.
Terrário para caranguejeiras
Com certeza muitas pessoas mantêm suas aranhas caranguejeiras (ou tarântulas) de forma errada, em terrários mal elaborados.
Um aranha terrestre de 15cm, por exemplo, necessita de um terrário de no mínimo 35×20×20cm, já se for uma aranha arborícola ela necessita de um terrário de no mínimo 35×20×35cm (comprimento×largura× altura) com um ou mais galhos para ela escorar sua teia.
Eu mesmo já vi vários criadores mantendo aranhas do gênero Avicularia em terrários com menos de 25cm de comprimento, sem nenhum galho ou tronco para ela subir, o que é errado, e elas muitas vezes acabam morrendo logo.
Os melhores substratos para caranguejeira são: areia, cascalho de rio ou vermiculita. Nunca use terra preta ou vegetal, pois causa o surgimento de microorganismos no solo, o que pode levar a tarântula à morte.
Usar plantas no terrário de caranguejeiras também não é muito indicado, já que dificulta muito na manutenção. A limpeza do substrato deve ser mensal, para substituir o substrato, mas o ideal é retirar os restos de alimentos sempre.
Na decoração de terrários para aranhas terrestres pode ser usado algumas pedras e troncos caídos ou cascas de árvore, que proporcionam um esconderijo, já as arborícolas preferem apenas alguns galhos e troncos, que é necessário.
Alimentação
Praticamente todas as aranhas caranguejeiras se alimentam de insetos e camundongos recém nascidos (ainda sem pêlos). Algumas espécies tem preferência por um determinado alimento (para saber a preferencia de sua aranha, ver a seção de ARANHAS) mas podem aceitar outros.
A maioria das espécies se alimentam em média a cada cinco dias, mas a quantidade também varia de acordo com a espécie. As vezes é comum que ela rejeite comida por algumas semanas, mas logo elas trocam de “pele” e voltam ao “normal”, mas se ela continuar rejeitando pode ser que ela não esteja bem e é aconselhável procurar um biólogo especialista ou veterinário.
Algumas espécies como a Theraphosa leiblondi, por exemplo chegam a comer até pequenos pássaros, por isso elas levam o nome de Bird Eater Tarantula (Tarântula Comedora de Pássaros); esta aranha é nativa da região amazônica e no Brasil é difícil encontrar um exemplar que não seja fruto de contrabando ou coletados da natureza para vender.
Manuseio
Algumas tarântulas como por exemplo a Rose Hair Tarantula (Granmostola spatulata) costumam ser muito dóceis, ao contrário de outras como a Skeleton Tarantula (Ephobopus murinus), nativa do nordeste brasileiro são extremamente agressivas, sendo totalmente desaconselháveis o manuseio. Outras tarântulas, por exemplo, possuem outro mecanismo de defesa: quando se sentem ameaçadas lançam sobre o inimigo uma “nuvem” de pelos irritantes e caso isso aconteça deve-se lavar bem as mãos com água e sabonete.
Para manusear uma tarântula o mais pratico é colocar a mão estendida sem movimentos bruscos na sua frente e tocar levemente a aranha por trás até ela subir na sua outra mão, ou então colocar um pote ou copo na sua frente e com a própria tampa do pote ir tocando atrás da aranha até ela caminhar para dentro do recipiente. Outro modo de manusea-la é segurar o animal com os dedos no abdome, entre o segundo par de patas, sem aperta-lo muito contra o chão, mas o segurando firme e levanta-la, assim que você a ergue, ela para de se debater e fica imóvel.
Ambiente
Caranguejeiras existem em uma infinidade de ambientes: desertos, savanas, florestas, cerrados, bosques, etc.
Algumas vivem em buracos no solo, outras são errantes e outras são adaptadas a vida nas árvores.
Para você saber melhor o estilo de vida de sua tarântula, confira se ela está na nossa lista de espécies com fichas, na seção de ARANHAS.
Espécies recomendadas para iniciantes e seleção
As aranhas consideradas de baixa agressividades são as melhores para principiantes. As principais espécies de baixa agressividade e que hoje nos EUA e outros países da Europa são largamente criadas em cativeiro mais indicadas são a Rose Hair, Pink Toe, Mexican Red Leg, Brasilian Black e algumas outras.
Antes de adquirir uma aranha, tenha certeza de que a espécie que você esteja adquirindo seja mesmo a espécie que você planejou ter. Nunca compre por impulso. Verifique se há machucados e se todas as pernas estão inteiras. O sangue das tarantulas é azul, verifique se não há sinais de sangue e se o exemplar está se alimentando bem. Para isso observe se em seu terrário tem algum resto de alimento, e a aranha que se alimenta bem geralmente é mais “gordinha”, mas pode ser que tenha sido coletada recentemente e por isso ainda aparenta ter um bom estado. Procure saber a procedência do animal, é mais aconselhável comprar um exemplar importado e que já esteja bem adaptado. NÃO compre espécies coletadas da natureza pois dessa forma você estará contribuindo para a conservação de nossa fauna e flora e a diminuição do contrabando. Quem realmente gosta de animais não compra exemplares que tenham sido retirados da natureza.
As aranhas caranguejeiras (ou tarântulas) conquistam cada vez mais o seu espaço como animal de estimação, onde é criada em praticamente todo o mundo.
Existem cerca de 280 espécies de caranguejeiras, terafosídeos, que compreendem as subfamílias dos avicularinídeos, iscnocolídeos, gramostolídeos e terafosíneos. As mais encontradas na natureza, particularmente na amazônia, são as Avicularias sp. e as Theraphosas leiblondi.
As caranguejeiras são animais considerados de fácil manutenção e muito resistentes.
Mesmo que proibido no Brasil, muitas pessoas matem esses animais como animal de estimação, sendo a maioria deles foram coletados da natureza ou contrabandeados, o que não ocorreria se a importação de animais nascidos em cativeiro fosse liberada.
O veneno na maioria das espécies não causa danos sérios aos humanos, mas existem exceções, por isso procure se informar bem sobre os hábitos de seu animal antes de adquiri-lo.
Terrário para caranguejeiras
Com certeza muitas pessoas mantêm suas aranhas caranguejeiras (ou tarântulas) de forma errada, em terrários mal elaborados.
Um aranha terrestre de 15cm, por exemplo, necessita de um terrário de no mínimo 35×20×20cm, já se for uma aranha arborícola ela necessita de um terrário de no mínimo 35×20×35cm (comprimento×largura× altura) com um ou mais galhos para ela escorar sua teia.
Eu mesmo já vi vários criadores mantendo aranhas do gênero Avicularia em terrários com menos de 25cm de comprimento, sem nenhum galho ou tronco para ela subir, o que é errado, e elas muitas vezes acabam morrendo logo.
Os melhores substratos para caranguejeira são: areia, cascalho de rio ou vermiculita. Nunca use terra preta ou vegetal, pois causa o surgimento de microorganismos no solo, o que pode levar a tarântula à morte.
Usar plantas no terrário de caranguejeiras também não é muito indicado, já que dificulta muito na manutenção. A limpeza do substrato deve ser mensal, para substituir o substrato, mas o ideal é retirar os restos de alimentos sempre.
Na decoração de terrários para aranhas terrestres pode ser usado algumas pedras e troncos caídos ou cascas de árvore, que proporcionam um esconderijo, já as arborícolas preferem apenas alguns galhos e troncos, que é necessário.
Alimentação
Praticamente todas as aranhas caranguejeiras se alimentam de insetos e camundongos recém nascidos (ainda sem pêlos). Algumas espécies tem preferência por um determinado alimento (para saber a preferencia de sua aranha, ver a seção de ARANHAS) mas podem aceitar outros.
A maioria das espécies se alimentam em média a cada cinco dias, mas a quantidade também varia de acordo com a espécie. As vezes é comum que ela rejeite comida por algumas semanas, mas logo elas trocam de “pele” e voltam ao “normal”, mas se ela continuar rejeitando pode ser que ela não esteja bem e é aconselhável procurar um biólogo especialista ou veterinário.
Algumas espécies como a Theraphosa leiblondi, por exemplo chegam a comer até pequenos pássaros, por isso elas levam o nome de Bird Eater Tarantula (Tarântula Comedora de Pássaros); esta aranha é nativa da região amazônica e no Brasil é difícil encontrar um exemplar que não seja fruto de contrabando ou coletados da natureza para vender.
Manuseio
Algumas tarântulas como por exemplo a Rose Hair Tarantula (Granmostola spatulata) costumam ser muito dóceis, ao contrário de outras como a Skeleton Tarantula (Ephobopus murinus), nativa do nordeste brasileiro são extremamente agressivas, sendo totalmente desaconselháveis o manuseio. Outras tarântulas, por exemplo, possuem outro mecanismo de defesa: quando se sentem ameaçadas lançam sobre o inimigo uma “nuvem” de pelos irritantes e caso isso aconteça deve-se lavar bem as mãos com água e sabonete.
Para manusear uma tarântula o mais pratico é colocar a mão estendida sem movimentos bruscos na sua frente e tocar levemente a aranha por trás até ela subir na sua outra mão, ou então colocar um pote ou copo na sua frente e com a própria tampa do pote ir tocando atrás da aranha até ela caminhar para dentro do recipiente. Outro modo de manusea-la é segurar o animal com os dedos no abdome, entre o segundo par de patas, sem aperta-lo muito contra o chão, mas o segurando firme e levanta-la, assim que você a ergue, ela para de se debater e fica imóvel.
Ambiente
Caranguejeiras existem em uma infinidade de ambientes: desertos, savanas, florestas, cerrados, bosques, etc.
Algumas vivem em buracos no solo, outras são errantes e outras são adaptadas a vida nas árvores.
Para você saber melhor o estilo de vida de sua tarântula, confira se ela está na nossa lista de espécies com fichas, na seção de ARANHAS.
Espécies recomendadas para iniciantes e seleção
As aranhas consideradas de baixa agressividades são as melhores para principiantes. As principais espécies de baixa agressividade e que hoje nos EUA e outros países da Europa são largamente criadas em cativeiro mais indicadas são a Rose Hair, Pink Toe, Mexican Red Leg, Brasilian Black e algumas outras.
Antes de adquirir uma aranha, tenha certeza de que a espécie que você esteja adquirindo seja mesmo a espécie que você planejou ter. Nunca compre por impulso. Verifique se há machucados e se todas as pernas estão inteiras. O sangue das tarantulas é azul, verifique se não há sinais de sangue e se o exemplar está se alimentando bem. Para isso observe se em seu terrário tem algum resto de alimento, e a aranha que se alimenta bem geralmente é mais “gordinha”, mas pode ser que tenha sido coletada recentemente e por isso ainda aparenta ter um bom estado. Procure saber a procedência do animal, é mais aconselhável comprar um exemplar importado e que já esteja bem adaptado. NÃO compre espécies coletadas da natureza pois dessa forma você estará contribuindo para a conservação de nossa fauna e flora e a diminuição do contrabando. Quem realmente gosta de animais não compra exemplares que tenham sido retirados da natureza.

Tarântulas e Caranguejeiras: qual é venenosa e como é possível diferenciá-las?
O termo latino de tarântula provém de uma lenda da Europa onde as pessoas picadas por uma determinada aranha, de veneno inofensivo, dançavam uma música: a "tarantela", para sobreviver ao "veneno". No Brasil, o nome tarântula é atribuído a uma aranha de veneno pouco ativo ao homem, conhecida também como "aranha-de-jardim" (Lycosa erythrognatha). As aranhas-de-jardim são facilmente identificadas pelo desenho em forma de "flecha", que apresentam no abdômen. O corpo é coberto por poucos pêlos e não aparenta se robusta. Quando adultas, medem aproximadamente 6 centímetros de comprimento. Mesmo com o veneno ativo, o único sintoma é uma pequena necrose local que, com os devidos cuidados, cicatriza em poucos dias. Em países de língua inglesa, como os Estados Unidos, o nome tarântula refere-se às aranhas que, no Brasil, são conhecidas como "caranguejeiras" (Grammostola sp.). Essas aranhas são facilmente identificadas pelo tamanho grande, em média 22 centímetros de comprimento. Tem o corpo densamente piloso, sendo também muito esclerotinizadas. O veneno das caranguejeiras não é ativo para o homem. Por isso, a picada dessas aranhas não representa problema. O veneno da caranguejeira só é nocivo aos insetos, pequenos répteis e roedores, dos quais esta aranha se alimenta. As caranguejeiras apresentam na região dorsal do abdômen um conjunto de pelos urticantes. Quando se sente ameaçada, ela "bate" as pernas traseiras no abdômen e lança estes pelos urticantes. Se esses pêlos forem inalados, pode ser contraída alergia respiratória.
No Brasil temos quatro aranhas que consideramos como perigosas, que são a Viúva negra (Latrodectus sp) Família Theridiidae, a Aranha armadeira (Phoneutria sp) Família Ctenidae, a Aranha marrom (Loxosceles sp) Família Scytodiidae e a Tarântula (Lycosa erythrognatha ou Scaptocosa raptoria) Família Lycosidae.
No Brasil temos quatro aranhas que consideramos como perigosas, que são a Viúva negra (Latrodectus sp) Família Theridiidae, a Aranha armadeira (Phoneutria sp) Família Ctenidae, a Aranha marrom (Loxosceles sp) Família Scytodiidae e a Tarântula (Lycosa erythrognatha ou Scaptocosa raptoria) Família Lycosidae.

Onde as aranhas caranguejeiras gostam de fazer seus ninhos?
Ao contrário de boa parte das aranhas, que tecem suas casas com fios de seda em áreas altas, as caranguejeiras preferem construir seus refúgios em tocas debaixo de pedras ou junto ao tronco de árvores. "Elas podem cavar seus próprios buracos ou aproveitar os já existentes no solo", afirma o biólogo Antônio Domingos Brescovit, do Instituto Butantan, em São Paulo. Geralmente, as tocas são proporcionais ao tamanho do animal e não costumam ser muito profundas. Bicho de hábito noturno, a caranguejeira - nome popular dado a várias espécies de aranha de corpo grande e peludo - é encontrada em jardins, matas e moitas de capim. Em alguns países, ela é conhecida como tarântula. Uma particularidade dessas aranhas é o fato de elas possuírem apenas dois pares de fiandeiras (as estruturas usadas para tecer fios), enquanto a maioria das aranhas tem três pares. Elas costumam viver isoladas e alimentam-se de pequenos animais de sangue frio, como répteis e anfíbios, insetos e até mesmo aves de pequeno porte. Com as quelíceras, duas pequenas garras localizadas perto da cabeça, elas perfuram e injetam veneno em suas presas e em eventuais agressores. Todas são venenosas, embora as existentes no Brasil tenham veneno pouco ativo no homem. As caranguejeiras do gênero Atrax, encontradas na Austrália, estão entre as que podem matar uma pessoa.

Buraco, doce buraco
Na hora do acabamento, as aranhas forram suas tocas subterrâneas com fios de seda
1 - As caranguejeiras constroem seu refúgio debaixo de pedras, junto a troncos caídos ou em buracos rasos. Elas preferem ninhos rentes ao chão, pois, devido ao seu tamanho - as maiores chegam a 30 centímetros! -, elas ficariam muito expostas em teias. Perto do solo, elas também têm mais facilidade de achar alimento
2 - Para cavar as tocas, elas usam uma espécie de dentinho localizado na parte da frente das quelíceras, nome dado às garras que usam para picar suas presas. Esses dentinhos, também chamados de rastelo, são uma série de pêlos adaptados, semelhantes a uma escova com cerdas de metal
3 - Depois de cavar o buraco, é preciso retirar a terra. Na hora de fazer essa faxina da casa, as caranguejeiras jogam o entulho para trás com a ajuda das patas dianteiras, empurrando a sujeira para fora de seus ninhos
4 - O trabalho de acabamento é caprichado: algumas caranguejeiras forram o buraco com fios de seda. Esse revestimento tem várias funções: manter o local limpo, impedir a entrada de formigas e servir de alerta - quando um animal esbarra na teia, a aranha detecta o intruso na hora, pois o fio é uma extensão do seu sistema sensorial
1 - As caranguejeiras constroem seu refúgio debaixo de pedras, junto a troncos caídos ou em buracos rasos. Elas preferem ninhos rentes ao chão, pois, devido ao seu tamanho - as maiores chegam a 30 centímetros! -, elas ficariam muito expostas em teias. Perto do solo, elas também têm mais facilidade de achar alimento
2 - Para cavar as tocas, elas usam uma espécie de dentinho localizado na parte da frente das quelíceras, nome dado às garras que usam para picar suas presas. Esses dentinhos, também chamados de rastelo, são uma série de pêlos adaptados, semelhantes a uma escova com cerdas de metal
3 - Depois de cavar o buraco, é preciso retirar a terra. Na hora de fazer essa faxina da casa, as caranguejeiras jogam o entulho para trás com a ajuda das patas dianteiras, empurrando a sujeira para fora de seus ninhos
4 - O trabalho de acabamento é caprichado: algumas caranguejeiras forram o buraco com fios de seda. Esse revestimento tem várias funções: manter o local limpo, impedir a entrada de formigas e servir de alerta - quando um animal esbarra na teia, a aranha detecta o intruso na hora, pois o fio é uma extensão do seu sistema sensorial
Anatomia

Prossoma
O prossoma é a região mais anterior. Tem seis pares de apêndices articulados: as quelíceras , os pedipalpos e quatro pares de patas locomotoras. Dorsalmente, é coberto por uma placa rígida única, a carapaça. Encontra-se dividido em duas zonas: a zona cefálica (onde se inserem os olhos quando presentes e as quelíceras) e a zona torácica que pode apresentar uma fóvea e onde se inserem os pedipalpos e as patas locomotoras.
Ventralmente, é coberto por uma placa rígida, o esterno e uma mais pequena anterior, a peça labial . Em algumas espécies encontram-se fundidas formando uma placa única.
Opistosoma
O opistossoma é a região posterior e também a mais flexível e expansível do corpo; nunca apresenta segmentação nas espécies de Portugal. Algumas espécies possuem, no entanto, placas rígidas: os scuta. Os únicos apêndices articulados presentes no opistossoma são as fieiras. são em número, tamanho, forma e segmentação variável mas apresentam principalmente na extremidade, as fúsulas por onde é produzida a seda que vem líquida das glândulas sericígenas. As fieiras podem estar transformadas em cribelo que pode ser único ou dividido.
É também na face ventral do opistossoma que se situam as aberturas respiratórias que podem ser fendas pulmonares, fendas traqueais e/ou um espiráculo. A abertura genital fica na face ventral, numa posição mais anterior e abre no sulco epigástrico onde frequentemente se situam também as fendas pulmonares ou traqueais anteriores. A abertura genital nas fêmeas pode situar-se numa estrutura esclerotizada mais ou menos complexa: o epigíneo.
Na face dorsal do opistossoma podem existir pontuações depressas chamadas sigila.
O opistossoma é muito variável de espécie para espécie em forma, tamanho e cor
Quelíceras
As quelíceras são os primeiros apêndices do prossoma .
São apêndices articulados com dois artículos: o artículo basal e o gancho. A forma como se articulam é um caracter taxonómico importante. As aranhas podem ser ortognatas, labidognatas ou plagiognatas de acordo com este caracter. O artículo basal é mais largo e, no seu interior situam-se, ou pelo menos parte, as glândulas de veneno. Geralmente, apresenta um sulco na sua face interna onde se encaixa o gancho quando a quelícera está em posição de descanso. Com frequência, os rebordos deste sulco, denominados bordo interno e bordo externo das quelíceras, são dentados, podendo apresentar dentes de tamanho, número e forma variáveis. Pode existir também uma carena dentada. O artículo basal possui normalmente pêlos, sobretudo na sua face externa, e estes pêlos podem estar adaptados para funções específicas como o caso do rastellum.
O gancho é mais estreito, afilando para a extremidade e curvo. É ôco, funcionando como uma seringa para injectar veneno. Possui um orifício perto da extremidade onde termina o ducto que transporta o veneno desde as glêndulas até ao gancho. A sua margem interna é geralmente serrada.
Pedipalpos
Os pedipalpos têm menos um artículo que as patas faltando o metatarso. Na maioria das espécies, as coxas estão transformadas em endites ou lâminas maxilares.
Nos machos adultos, o tarso está transformado possuindo diversas estruturas copulatórias que variam consoante os grupos. Geralmente existe um címbio e um bolbo copulatório. Pode existir no tarso igualmente um paracímbio. Os bolbos copulatórios mais complexos podem apresentar diversas estruturas esclerotizadas: condutor, êmbolo, rádice, tégula, subtégula e apófise mediana (por vezes, apófise tegular). Estas peças encontram-se inseridas, rodeadas ou adjacentes a regiões mais ou menos moles e expansíveis, as hematodocas.
Entre as regiões esclerotizadas existem zonas membranosas mais ou menos espessas e flexíveis, as regiões pleurais.
As patas são formadas por sete artículos: coxa, trocânter, fémur, patela, tíbia, tarso e metatarso. Em posição terminal existem duas garras e por vezes uma mais pequena, curva, denominada terceira garra.
Por todo o corpo existem pêlos que podem ser de três tipos: pêlos, espinhos e tricobótrios. Os pêlos podem ser de diversas formas e cores e por vezes agrupam-se em estruturas como as escópulas, os calamistros ou os fascículos unguinais.
O prossoma é a região mais anterior. Tem seis pares de apêndices articulados: as quelíceras , os pedipalpos e quatro pares de patas locomotoras. Dorsalmente, é coberto por uma placa rígida única, a carapaça. Encontra-se dividido em duas zonas: a zona cefálica (onde se inserem os olhos quando presentes e as quelíceras) e a zona torácica que pode apresentar uma fóvea e onde se inserem os pedipalpos e as patas locomotoras.
Ventralmente, é coberto por uma placa rígida, o esterno e uma mais pequena anterior, a peça labial . Em algumas espécies encontram-se fundidas formando uma placa única.
Opistosoma
O opistossoma é a região posterior e também a mais flexível e expansível do corpo; nunca apresenta segmentação nas espécies de Portugal. Algumas espécies possuem, no entanto, placas rígidas: os scuta. Os únicos apêndices articulados presentes no opistossoma são as fieiras. são em número, tamanho, forma e segmentação variável mas apresentam principalmente na extremidade, as fúsulas por onde é produzida a seda que vem líquida das glândulas sericígenas. As fieiras podem estar transformadas em cribelo que pode ser único ou dividido.
É também na face ventral do opistossoma que se situam as aberturas respiratórias que podem ser fendas pulmonares, fendas traqueais e/ou um espiráculo. A abertura genital fica na face ventral, numa posição mais anterior e abre no sulco epigástrico onde frequentemente se situam também as fendas pulmonares ou traqueais anteriores. A abertura genital nas fêmeas pode situar-se numa estrutura esclerotizada mais ou menos complexa: o epigíneo.
Na face dorsal do opistossoma podem existir pontuações depressas chamadas sigila.
O opistossoma é muito variável de espécie para espécie em forma, tamanho e cor
Quelíceras
As quelíceras são os primeiros apêndices do prossoma .
São apêndices articulados com dois artículos: o artículo basal e o gancho. A forma como se articulam é um caracter taxonómico importante. As aranhas podem ser ortognatas, labidognatas ou plagiognatas de acordo com este caracter. O artículo basal é mais largo e, no seu interior situam-se, ou pelo menos parte, as glândulas de veneno. Geralmente, apresenta um sulco na sua face interna onde se encaixa o gancho quando a quelícera está em posição de descanso. Com frequência, os rebordos deste sulco, denominados bordo interno e bordo externo das quelíceras, são dentados, podendo apresentar dentes de tamanho, número e forma variáveis. Pode existir também uma carena dentada. O artículo basal possui normalmente pêlos, sobretudo na sua face externa, e estes pêlos podem estar adaptados para funções específicas como o caso do rastellum.
O gancho é mais estreito, afilando para a extremidade e curvo. É ôco, funcionando como uma seringa para injectar veneno. Possui um orifício perto da extremidade onde termina o ducto que transporta o veneno desde as glêndulas até ao gancho. A sua margem interna é geralmente serrada.
Pedipalpos
Os pedipalpos têm menos um artículo que as patas faltando o metatarso. Na maioria das espécies, as coxas estão transformadas em endites ou lâminas maxilares.
Nos machos adultos, o tarso está transformado possuindo diversas estruturas copulatórias que variam consoante os grupos. Geralmente existe um címbio e um bolbo copulatório. Pode existir no tarso igualmente um paracímbio. Os bolbos copulatórios mais complexos podem apresentar diversas estruturas esclerotizadas: condutor, êmbolo, rádice, tégula, subtégula e apófise mediana (por vezes, apófise tegular). Estas peças encontram-se inseridas, rodeadas ou adjacentes a regiões mais ou menos moles e expansíveis, as hematodocas.
Entre as regiões esclerotizadas existem zonas membranosas mais ou menos espessas e flexíveis, as regiões pleurais.
As patas são formadas por sete artículos: coxa, trocânter, fémur, patela, tíbia, tarso e metatarso. Em posição terminal existem duas garras e por vezes uma mais pequena, curva, denominada terceira garra.
Por todo o corpo existem pêlos que podem ser de três tipos: pêlos, espinhos e tricobótrios. Os pêlos podem ser de diversas formas e cores e por vezes agrupam-se em estruturas como as escópulas, os calamistros ou os fascículos unguinais.
1. Do ovo ao Nascimento
Os ovos das aranhas são esféricos e raramente ultrapassam o milímetro de diâmetro. Geralmente são brancos, cremes ou amarelados mas podem ser de tons rosados, castanhos ou verdes. Nas aranhas, os ovos nunca são deixados directamente expostos ao meio ambiente. São depositados em grupos compactos e envoltos com seda. A este invólucro e respectivos ovos, dá-se o nome de ooteca. Nos casos mais simples, como na fêmea de Pholcus phalangioides que se vê na imagem ao lado a carregar os ovos nas quelíceras, a ooteca consiste apenas num aglomerado de ovos envoltos em alguns fios escassos. No entanto, normalmente, a ooteca é formada por duas camadas espessas de seda que são depois unidas em volta dos ovos. Cada ooteca pode conter um número variável de ovos entre 2 a 2 000 de uma forma geral. Existem vários tipos, formas e cores de ootecas e cada aranha pode fazer apenas uma ou várias em cada ano dependendo da espécie.
O facto de os ovos se encontrarem protegidos por uma ooteca, possui diversas vantagens, como, por exemplo, a manutenção da humidade e temperatura certas no seu interior protegendo os ovos de grandes variações e permitindo o seu desenvolvimento de forma menos dependente das condições externas. Outra vantagem é a protecção que oferece contra predadores de ovos ou parasitas. A seda, por ter propriedades antibióticas, protege também os ovos de serem atacados por fungos e bactérias. Muitas vezes, esta protecção é potenciada pelos cuidados das fêmeas como será descrito mais à frente. Numa ooteca, não é apenas o aspecto que varia mas também o tipo de seda utilizada e o processo de fabrico. As aranhas usam diversos tipos de seda para sua a construção e frequentemente na mesma ooteca são empregues dois ou três tipos distintos de seda com propriedades características.
Nas imagens seguintes, podemos ver três exemplos de ootecas diferentes: Anelosimus vittatus com uma ooteca esférica, de seda macia e branca; Araniella cucurbitina com uma ooteca esférica revestida de seda rija, amarela e emaranhada; Cyrtophora citricola com duas ootecas juntas, achatadas de seda muito rija e cor branca-amarelada que a aranha cobre pouco a pouco com detritos e restos de presas.
1.2. Os ninhos
A maioria das aranhas constrói ninhos. Estes servem para proteger a aranha enquanto põe os ovos ou para protecção das ootecas e, dependendo da espécie, a aranha pode ou não abrigar-se no seu interior para defender os seus ovos. O ninho pode ser construído propositadamente apenas na altura das posturas ou pode ser o mesmo abrigo que a aranha utiliza durante o seu ciclo de vida. As nossas espécies apresentam uma enorme variedade de ninhos, que podem inclusivamente utilizar outros materiais além da seda: folhas, detritos e pedras.
1.3. A seda
Todas as aranhas, sem excepção, são capazes de produzir seda. Usam-na para diversos fins: dependendo da espécie, pode ser usada para construção (ootecas, ninhos, teias de captura, abrigos), caça, defesa, orientação e segurança.
A seda é um produto de excreção das glândulas sericígenas (ver anatomia). Embora diferentes tipos de glândulas, produzam diferentes tipos de seda, todos são maioritariamente constituidos por proteínas do grupo das fibroínas.
Quando está nas glândulas, a seda é uma substância líquida solúvel em água, depois de passar pelas fúsulas, transforma-se numa substância sólida insolúvel. Desconhece-se como é feita esta transição.
Cada fio de seda é composto por uma estrutura de proteínas em cadeias alfa e paliçadas beta. Estas últimas, estão dispostas em ziguezague como o fole de um acordeão formando cristais proteicos. Estes, por sua vez, encontram-se envoltos por uma matriz de aminoácidos e cadeias alfa desordenadas. Os cristais proteicos conferem a força ao fio de seda enquanto a matriz amorfa possui propriedades elásticas. A força e elasticidade de um fio depende também da percentagem de água presente na sua estrutura. Fios com baixo teor de água são rijos, fortes mas quebram mais facilmente se forem muito esticados. Fios com elevado teor de água podem expandir-se mais de 300% o seu comprimento original antes de partir. Nas teias de araneídeos, por exemplo, encontramos fios de baixo teor em água, não pegajosos e pouco elásticos a servir de suporte à teia e fios muito elásticos e viscosos, de elevado teor em água, na zona de captura das presas.
2. Desenvolvimento
2.1. Muda
3. Dispersão
4. Alimentação
4.1. A captura de presas
De uma forma muito generalizada, podemos dizer que as aranhas capturam presas de duas formas: com ou sem teias. Em ambos os casos, as estratégias de captura são extremamente variadas. De seguida, serão dados alguns exemplos gerais de espécies da nossa fauna.
4.1.1. Teias
Frequentemente, encontramos referidos na bibliografia, diferentes tipos de teias, no entanto, uma classificação das teias pode ser extremamente complicada já que cada aranha constrói diferentes estruturas com inúmeras variações entre espécies. Algumas aranhas, no entanto, usam claramente estruturas feitas de seda para capturar passivamente (mais raramente activamente) as suas presas. Estas são, em sentido estrito, as verdadeiras teias. Outras estruturas, terão outras funções como as ootecas de proteger os ovos, os ninhos para as mudas ou defesa e, não raramente, estão interligadas zonas de captura e zonas de defesa ou a mesma estrutura pode ter ambas as finalidades. Qual a origem das teias e como evoluíram são questões ainda pendentes para as quais não existem explicações consensuais. Enquanto alguns autores sustentam que as teias orbiculares sejam as mais "evoluídas", outros defendem que não será assim. Em todo o caso, independentemente da altura em que tenham surgido em termos evolutivos, algumas são mais complexas que outras. Por uma questão prática, farei uma análise geral aos "tipos" de teias começando pelas menos complexas até às mais elaboradas.
5. Reprodução
6. Ciclos de vida
7. Inimigos naturais
Apesar de serem predadores bem sucedidos, as aranhas possuem um grande número de inimigos naturais que variam imenso de acordo com a espécie de aranha.
Os quilópodes (centopeias), embora possam ser predados por algumas espécies de teridiídeos e licosídeos, (especialmente os scutiguerídeos que são uma presa comum de Hogna e Lycosa), são importantes predadores principalmente de aranhas de solo.
Dentro dos aracnídeos, além das próprias aranhas, como vimos em cima, muitas espécies são predadas por escorpiões, predadores vorazes de aranhas de solo que constituem parte importante da sua dieta. Poucas aranhas são capazes de enfrentar um escorpião, com excepção, provavelmente para os grandes teridiídeos que os predam.
Os Ácaros são um grupo muito diverso sendo alguns parasitas de aranhas e outros predadores dos seus ovos.
Os Solífugos predam inúmeras espécies de aranhas, principalmente espécies pequenas que capturam no solo.
Dentro do grupo dos insectos, está incluída a grande maioria das presas das aranhas em Portugal mas também importantes predadores.
Por ser um grupo tão vasto, a lista de relações entre aranhas e insectos seria interminável, assim, realçam-se apenas os mais importantes:
Coleópteros: Alguns podem ser predadores de pequenas aranhas de solo como seja o caso de carabídeos, cicindelídeos ou estafinelídeos.
Himenópteros: Possivelmente um dos grupos de inimigos naturais com maior importância, existem espécies de himenópteros predadores e parasitóides de aranhas como os pompilídeos ou os esfecídeos que predam essencialmente araneídeos e licosídeos.
Dictiópteros: Os mantídeos (louva-a-deus) são predadores de muitas espécies de aranhas, quer do solo, quer herbígradas ou arbustícolas.
Ortópteros: Dentro deste grupo, incluem-se numerosas espécies de gafanhotos e grilos que são parte fundamental da dieta de muitas aranhas, no entanto, algumas espécies omnívoras podem ocasionalmente predar algumas aranhas mais debilitadas ou ovos desprotegidos.
Os vertebrados serão, se não o mais importante, certamente um dos mais importantes grupos de inimigos naturais das aranhas.
Quase todas as aranhas podem fazer parte da dieta de anfíbios (rãs, relas, sapos, salamandras e tritões), répteis (cobras, lagartos, lagartixas, fura-pastos, camaleões), aves e mamíferos (principalmente ratos, musaranhos, ouriços, gatos, saca-rabos, doninhas e outros mustelídeos).
O facto de os ovos se encontrarem protegidos por uma ooteca, possui diversas vantagens, como, por exemplo, a manutenção da humidade e temperatura certas no seu interior protegendo os ovos de grandes variações e permitindo o seu desenvolvimento de forma menos dependente das condições externas. Outra vantagem é a protecção que oferece contra predadores de ovos ou parasitas. A seda, por ter propriedades antibióticas, protege também os ovos de serem atacados por fungos e bactérias. Muitas vezes, esta protecção é potenciada pelos cuidados das fêmeas como será descrito mais à frente. Numa ooteca, não é apenas o aspecto que varia mas também o tipo de seda utilizada e o processo de fabrico. As aranhas usam diversos tipos de seda para sua a construção e frequentemente na mesma ooteca são empregues dois ou três tipos distintos de seda com propriedades características.
Nas imagens seguintes, podemos ver três exemplos de ootecas diferentes: Anelosimus vittatus com uma ooteca esférica, de seda macia e branca; Araniella cucurbitina com uma ooteca esférica revestida de seda rija, amarela e emaranhada; Cyrtophora citricola com duas ootecas juntas, achatadas de seda muito rija e cor branca-amarelada que a aranha cobre pouco a pouco com detritos e restos de presas.
1.2. Os ninhos
A maioria das aranhas constrói ninhos. Estes servem para proteger a aranha enquanto põe os ovos ou para protecção das ootecas e, dependendo da espécie, a aranha pode ou não abrigar-se no seu interior para defender os seus ovos. O ninho pode ser construído propositadamente apenas na altura das posturas ou pode ser o mesmo abrigo que a aranha utiliza durante o seu ciclo de vida. As nossas espécies apresentam uma enorme variedade de ninhos, que podem inclusivamente utilizar outros materiais além da seda: folhas, detritos e pedras.
1.3. A seda
Todas as aranhas, sem excepção, são capazes de produzir seda. Usam-na para diversos fins: dependendo da espécie, pode ser usada para construção (ootecas, ninhos, teias de captura, abrigos), caça, defesa, orientação e segurança.
A seda é um produto de excreção das glândulas sericígenas (ver anatomia). Embora diferentes tipos de glândulas, produzam diferentes tipos de seda, todos são maioritariamente constituidos por proteínas do grupo das fibroínas.
Quando está nas glândulas, a seda é uma substância líquida solúvel em água, depois de passar pelas fúsulas, transforma-se numa substância sólida insolúvel. Desconhece-se como é feita esta transição.
Cada fio de seda é composto por uma estrutura de proteínas em cadeias alfa e paliçadas beta. Estas últimas, estão dispostas em ziguezague como o fole de um acordeão formando cristais proteicos. Estes, por sua vez, encontram-se envoltos por uma matriz de aminoácidos e cadeias alfa desordenadas. Os cristais proteicos conferem a força ao fio de seda enquanto a matriz amorfa possui propriedades elásticas. A força e elasticidade de um fio depende também da percentagem de água presente na sua estrutura. Fios com baixo teor de água são rijos, fortes mas quebram mais facilmente se forem muito esticados. Fios com elevado teor de água podem expandir-se mais de 300% o seu comprimento original antes de partir. Nas teias de araneídeos, por exemplo, encontramos fios de baixo teor em água, não pegajosos e pouco elásticos a servir de suporte à teia e fios muito elásticos e viscosos, de elevado teor em água, na zona de captura das presas.
2. Desenvolvimento
2.1. Muda
3. Dispersão
4. Alimentação
4.1. A captura de presas
De uma forma muito generalizada, podemos dizer que as aranhas capturam presas de duas formas: com ou sem teias. Em ambos os casos, as estratégias de captura são extremamente variadas. De seguida, serão dados alguns exemplos gerais de espécies da nossa fauna.
4.1.1. Teias
Frequentemente, encontramos referidos na bibliografia, diferentes tipos de teias, no entanto, uma classificação das teias pode ser extremamente complicada já que cada aranha constrói diferentes estruturas com inúmeras variações entre espécies. Algumas aranhas, no entanto, usam claramente estruturas feitas de seda para capturar passivamente (mais raramente activamente) as suas presas. Estas são, em sentido estrito, as verdadeiras teias. Outras estruturas, terão outras funções como as ootecas de proteger os ovos, os ninhos para as mudas ou defesa e, não raramente, estão interligadas zonas de captura e zonas de defesa ou a mesma estrutura pode ter ambas as finalidades. Qual a origem das teias e como evoluíram são questões ainda pendentes para as quais não existem explicações consensuais. Enquanto alguns autores sustentam que as teias orbiculares sejam as mais "evoluídas", outros defendem que não será assim. Em todo o caso, independentemente da altura em que tenham surgido em termos evolutivos, algumas são mais complexas que outras. Por uma questão prática, farei uma análise geral aos "tipos" de teias começando pelas menos complexas até às mais elaboradas.
5. Reprodução
6. Ciclos de vida
7. Inimigos naturais
Apesar de serem predadores bem sucedidos, as aranhas possuem um grande número de inimigos naturais que variam imenso de acordo com a espécie de aranha.
Os quilópodes (centopeias), embora possam ser predados por algumas espécies de teridiídeos e licosídeos, (especialmente os scutiguerídeos que são uma presa comum de Hogna e Lycosa), são importantes predadores principalmente de aranhas de solo.
Dentro dos aracnídeos, além das próprias aranhas, como vimos em cima, muitas espécies são predadas por escorpiões, predadores vorazes de aranhas de solo que constituem parte importante da sua dieta. Poucas aranhas são capazes de enfrentar um escorpião, com excepção, provavelmente para os grandes teridiídeos que os predam.
Os Ácaros são um grupo muito diverso sendo alguns parasitas de aranhas e outros predadores dos seus ovos.
Os Solífugos predam inúmeras espécies de aranhas, principalmente espécies pequenas que capturam no solo.
Dentro do grupo dos insectos, está incluída a grande maioria das presas das aranhas em Portugal mas também importantes predadores.
Por ser um grupo tão vasto, a lista de relações entre aranhas e insectos seria interminável, assim, realçam-se apenas os mais importantes:
Coleópteros: Alguns podem ser predadores de pequenas aranhas de solo como seja o caso de carabídeos, cicindelídeos ou estafinelídeos.
Himenópteros: Possivelmente um dos grupos de inimigos naturais com maior importância, existem espécies de himenópteros predadores e parasitóides de aranhas como os pompilídeos ou os esfecídeos que predam essencialmente araneídeos e licosídeos.
Dictiópteros: Os mantídeos (louva-a-deus) são predadores de muitas espécies de aranhas, quer do solo, quer herbígradas ou arbustícolas.
Ortópteros: Dentro deste grupo, incluem-se numerosas espécies de gafanhotos e grilos que são parte fundamental da dieta de muitas aranhas, no entanto, algumas espécies omnívoras podem ocasionalmente predar algumas aranhas mais debilitadas ou ovos desprotegidos.
Os vertebrados serão, se não o mais importante, certamente um dos mais importantes grupos de inimigos naturais das aranhas.
Quase todas as aranhas podem fazer parte da dieta de anfíbios (rãs, relas, sapos, salamandras e tritões), répteis (cobras, lagartos, lagartixas, fura-pastos, camaleões), aves e mamíferos (principalmente ratos, musaranhos, ouriços, gatos, saca-rabos, doninhas e outros mustelídeos).